Pai de Juliana Marins abre mochila da filha trazida da Indonésia: ‘Sentimos fortemente a presença de uma ausência’
30/07/2025
(Foto: Reprodução) Juliana Marins, na Tailândia
Reprodução/Redes sociais
Manoel Marins, pai de Juliana Marins, que morreu após cair de um penhasco durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, usou as redes sociais para relatar um momento de forte emoção vivido por ele e pela esposa, Estela: a abertura da mochila que a filha levava durante a viagem pela Ásia.
“Ontem, finalmente, reunimos coragem e abrimos a mochila que a Ju levou na viagem. Até então ela estava dentro da mesma caixa em que saiu da Indonésia”, escreveu Manoel.
Em uma postagem comovente, ele contou sobre o impacto emocional de ver os objetos da filha.
“À medida em que retirávamos seus pertences, nosso coração apertava. Cada peça de roupa, cada objeto, nos remetia a uma gama de lembranças e sentimentos dos momentos felizes que passamos juntos.”
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O pai também falou sobre a dor da ausência física de Juliana.
“Veio a tristeza de constatar que agora ela está presente apenas em nossas mentes e corações. Não mais fisicamente.”
"Ontem sentimos fortemente a presença de uma ausência. Sei que esse sentimento nos visitará muitas vezes ainda. Mas também sei que a cada dia ele será mais leve", acrescentou.
Na publicação, Manoel citou um trecho da canção de Gonzaguinha: “diga lá meu coração que ela está dentro do meu peito e bem guardada, e que é preciso, mais que nunca, prosseguir.”
E completou: “É o que procuraremos fazer, na certeza de que o Eterno continuará a enxugar nossas lágrimas e não nos abandonará jamais.”
A postagem foi acompanhada de uma foto tirada por Juliana durante a passagem pela Tailândia, país que também fazia parte do roteiro da viagem.
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Reprodução/Instagram
Relembre o caso
Juliana nasceu no Rio de Janeiro, mas morava em Niterói, na Região Metropolitana. Ela estava fazendo um mochilão na Ásia desde fevereiro e havia passado pelas Filipinas, Vietnã e Tailândia, compartilhando registros da viagem nas redes sociais.
Ela sofreu uma queda de aproximadamente 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, na ilha de Lombok. Após várias tentativas de resgate, a jovem de 26 anos foi encontrada morta no dia 24 de junho.
O vulcão Rinjani, ainda ativo, se eleva a 3.721 metros de altitude. Ao redor dele fica um lago. A paisagem atrai muitos turistas de aventura todos os anos, mas exige preparo — é necessário pernoitar no caminho — e fôlego, pois o ar em grande parte do percurso é rarefeito.
Oito pessoas morreram e 180 ficaram feridas em acidentes no parque nacional onde o vulcão está localizado nos últimos cinco anos.
Infográfico mostra como foi queda de brasileira morta em vulcão na Indonésia.
Arte/g1