Quadrilha de ‘Boa noite, Cinderela’ celebrava em bar após golpes: ‘O crime deseja a todos uma ótima noite’

  • 08/11/2025
(Foto: Reprodução)
Jovem é preso por suspeita do golpe 'Boa noite, Cinderela' contra homens gays A investigação que levou para a cadeia nesta quinta-feira (6) um jovem de 22 anos apontado como integrante de uma quadrilha que aplicava o golpe do “Boa noite, Cinderela” em turistas gays descobriu que o grupo celebrava em um bar da Zona Norte do Rio de Janeiro os crimes cometidos. Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes foi preso em Cabo Frio, e 3 pessoas seguem foragidas. Imagens que estão no inquérito que resultou na expedição de 4 mandados de prisão mostram que, há cerca de 3 meses, eles chegaram a debochar de uma vítima. “O crime deseja a tomos uma ótima noite! #equipesemente”, escreveram em uma lousa de um pub no Cachambi. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias do RJ em tempo real e de graça Quadrilha do ‘Boa noite, Cinderela’ comemora mais um golpe Reprodução Três meses de investigação A polícia chegou a Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes após 3 meses de diligências e a partir da denúncia de um turista pernambucano, que alegou ter caído no golpe em Copacabana, na Zona Sul do Rio. Segundo a 13ª DP (Ipanema), o turista, hospedado em um hotel na Avenida Atlântica, conheceu Cláudio por meio de um aplicativo de relacionamentos gay. Eles se encontraram em um quiosque da orla e, após consumir uma caipirinha oferecida pelo suspeito, a vítima perdeu os sentidos. Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes Reprodução Ao acordar, já no quarto do hotel, percebeu que estava machucado e que seu celular havia sido furtado. O aparelho continha aplicativos bancários e cartões cadastrados. Dois dias depois, o turista procurou a 13ª DP e apresentou um extrato com compras realizadas em lojas de grife em shoppings da Barra da Tijuca, além de transferências que somaram cerca de R$ 60 mil.  De acordo com a polícia, exames no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram a presença de substâncias compatíveis com drogas usadas para dopar vítimas. Com base nas imagens das câmeras do hotel, os investigadores descobriram que o turista entrou sozinho no quarto, o que reforça a hipótese de que ele foi dopado ainda na rua e voltou sem pertences.  A análise das transações permitiu identificar um casal que realizou as compras e uma conta bancária usada para receber transferências. O titular da conta alegou que “emprestava” o serviço para trocar dinheiro mediante comissão, mas acabou apontado como integrante da quadrilha. Ao todo, 6 pessoas foram indiciadas por roubo, furto e associação criminosa. “É uma quadrilha especializada, que atua principalmente contra turistas e à noite. Eles ficam conversando, oferecem a bebida e levam as vítimas para perto do mar. Lá, com as pessoas já dopadas e sem como conseguir pedir ajuda, cometem esse tipo de crime. Estamos trabalhando para prender todos os envolvidos”, disse o delegado Gilberto da Cruz Ribeiro, titular da 13ª DP. Cláudio Rafael Silva de Queiroz de Pontes Divulgação Grupo atacava estrangeiros A 13ª DP compartilhou a investigação com a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat). Os agentes da especializada descobriram que Claudio Rafael, apontado como um dos principais articuladores do golpe, já havia feito outras vítimas. Segundo a polícia, há 7 inquéritos contra ele. Em um dos casos investigados pela Deat, ocorrido em maio, um turista mexicano conheceu Cláudio num aplicativo e se encontrou com ele na Praia de Ipanema. Após consumir bebidas, a vítima perdeu a consciência e foi encontrada por ambulantes, sendo socorrida e encaminhada à delegacia. Em outro caso, em junho, a vítima foi um turista italiano que perdeu cerca de 19 mil euros (R$ 117 mil) após ser dopado. Já em agosto, 2 turistas chilenos tiveram prejuízo de R$ 15 mil após encontros semelhantes marcados em Copacabana. “Antes mesmo de iniciar qualquer relação, ele já dopava as pessoas, que desmaiavam e tinham seus pertences roubados. A quadrilha atuava de forma organizada, sempre em pontos isolados da orla de Copacabana”, disse a delegada Patrícia Alemany, titular da Deat. “Ele será submetido a reconhecimento por outras vítimas que possam ter se encontrado com ele”, informou a delegada, que destacou que o golpe do “Boa noite, Cinderela” não deve ser romantizado.  “A substância é extremamente perigosa e pode causar sérios danos à saúde. Por isso, é fundamental denunciar para que esses indivíduos sejam presos e não façam novas vítimas. Não podemos romantizar esse tipo de crime”.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2025/11/08/quadrilha-de-boa-noite-cinderela-celebrava-em-bar-apos-golpes-o-crime-deseja-a-todos-uma-otima-noite.ghtml


#Compartilhe

Aplicativos


Locutor no Ar

Peça Sua Música

No momento todos os nossos apresentadores estão offline, tente novamente mais tarde, obrigado!

Anunciantes